Com a aproximação do Dia das Mães no próximo domingo, vários temas vem ao foco tendo a mãe como centro.
Embora ainda se tenha muito em mente aquela figura de mãe cheia de bondade e amor, que é super resiliente e cheia de ternura, há muito tempo, ser mãe significa ser impregnada de uma humanidade e uma força que a mais glamorosa das descrições não é capaz de abranger.
Nos tempos atuais, sombrios, diga-se de passagem, a participação feminina na economia e no desenvolvimento da sociedade se faz cada vez mais presente. Embora muitas vezes encontrando espaço à força e sentindo todo o tipo de preconceito, é quase possível afirmar que se não fossem as mulheres, estaríamos mais pobres e mais desiguais.
Nesse contexto, o empreendedorismo materno tem especial destaque.
Após serem mães, as mulheres enfrentam além das dificuldades advindas da maternidade, adversidades para continuar trabalhando, dificuldades em contar aos seus líderes e empregadores a novidade, e um sem número de vezes, acabam abandonando suas carreiras, porque infelizmente na cultura machista que vivemos, elas são as responsáveis natas por cuidar da casa e dos filhos, então precisam abdicar de sua vida profissional.
Se uma rede de apoio familiar e dos próprios chefes ou líderes, é humanamente impossível conciliar a vida materna com a vida profissional. Isso sem comentar ou trazer os dados impressionantes de desemprego após o advento da maternidade nas suas vidas.
A fim de colaborarem na manutenção das finanças da família ou mesmo conseguirem mantê-la, muitas se lançam no empreendedorismo, às vezes sem estudo de mercado, às vezes por se encantarem com o universo infantil, as vezes por imaginarem que terão tempo para criar os filhos e ganhar dinheiro ao mesmo tempo, as vezes por não verem mais opções.
Muitas obtêm sucesso, e se desenvolvem, conseguem imprimir ritmo aos negócios, sempre fundamentando suas escolhas e caminhos com estudo, dedicação de tempo, organização e planejamento, diferentemente do que as visões romantizadas da maternidade e do empreendedorismo tentam nos fazer pensar, o desenvolvimento dessas duas atividades juntas é tarefa hercúlea.
Além da carga cultural e das responsabilidades que lhe são impostas, as mães em geral são mais estudiosas e buscam capacitação para empreender e esse acaba sendo o “pulo do gato” para o empreendedorismo ser efetivo e ter sucesso. Assim, é imperativo que além da vontade, as mães e todo os que pretendem empreender, entendam que a capacitação e o conhecimento do negócio que irão investir é fundamental, além disso, um conselho que é latente em todos os canais que falam sobre o tema é o ESTUDO de MERCADO, porque não adianta ter a ideia e achar que ela é ótima, se quem irá consumir não estiver interessado. Mais uma vez a capacitação toma assento de forma determinante.
As mães com suas atitudes são capazes de mudar o mundo, a força e a determinação femininas, apoiadas pelos homens que entendem a necessidade de dar espaço e proporcionar oportunidades para que todos cresçamos juntos são as ações que farão com que tenhamos uma sociedade mais justa e solidária e onde os filhos sejam criados para serem bons com o mundo, por mães que são independentes e criativas e que não tem necessidade de disputar espaço com ninguém, porque se estivemos juntos, ainda que não existam, os espaços serão criados.
Feliz dia das mães, que você possa comemorar a sua independência e a sua colaboração positiva com o que existe ao seu entorno.
Por: Alessandra Zocoli Borges Bleinroth - OAB425.055/SP
Para: Canal Desenvolve Quatá
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